domingo, 27 de agosto de 2017

O nó que não desata

Parece que é universal. As histórias de amor nunca são como nos foram apresentadas na juventude né? A gente se conhece, se olha, se toca, se apaixona, e faz juras de amor eterno. Depois, o eterno sucumbi na opressão do dia a dia, no cotidiano do 'Bom Dia' e 'Boa Noite'. O mais interessante é que tudo no início se encaixa, os intuitos, os instintos, a vida. Depois, nem a vida faz mais sentido. O sexo faz tremer todos os nervos do corpo. A alma entra em transcendência​! Ligações, mensagens, tudo é constante quando se começa. Nova vida, nova atmosfera, novos ares. Depois, o constante vira rotina. O semblante cai, a alma envelhece, o corpo padece.
Aquele anjo lindo, alvo como a neve, se transforma num demônio escarlate. As palavras são duras, as lamentações aumentam, murmúrios, e a auto estima desce de morro abaixo. Tu eras tão linda. Pelo menos aos meus olhos. Não se compra livro pela capa, nem perfume pelo frasco, já diz o ditado popular. Mas a gente se engana. O olhar, o desejo, a vontade. A redenção! É. A história é universal. É um ciclo da vida. São os tempos modernos. É a liquidez do sentimentos. Difícil é entender como você passa tanto tempo inventando mentiras pra você mesmo. Insistindo naquilo que você sabe desde o início que é furada. Mas mete a cara. Esperança deveria ser um sentimento extinto do planeta.Ter esperança é como depositar moedas num cofre sem fundo. É um urubu pintado de verde.
Mas enfim. No final da tudo certo, agente põe a máscara de volta e ensaia a cena, ensaia tudo em nossa mente. Pra que, automáticamente quando batermos de frente com situação, já é mecânico. Seu cérebro já assimilou resultado.

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