Depois que comecei a trabalhar com vendas, tenho
aprendido algumas técnicas de encantamento (marketing) que são usadas pelas grandes empresas. Forma
de se apresentar, de falar, gestos, tudo. Até mesmo identificar nos clientes
quando eles estão concordando com suas colocações ou não.
E no momento, estou vivendo de vendas, como
consultor imobiliário.
Porém, uma coisa me vem “incomodando”.
Quase todas as pessoas que estou tendo contato, no
caso clientes, parecem se aproximar bem mais do que apenas compradores. Em
alguns casos convidam-me para almoçar junto, tomar café, festas de família e
outras coisas. E nos tornamos amigos.
Claro que nem todos compram, se isso acontecesse,
eu estaria rico! (rs).
Eis então, que lhes apresento uma outra linha de
raciocínio.
Alguns companheiros de trabalho já me disseram: “Você é um vendedor e não um psicólogo.”
Concordo. Até porque vender é uma arte; somos
verdadeiros artistas onde muitas vezes nosso “couvert” não é pago.
Mas, como em grande parte da minha vida tive meu
foco em “observar” relacionamentos, e na maioria das vezes, todos meus
conflitos interiores e exteriores se devem aos tais, faço o meu trabalho ainda
obtendo resultados com essas observações.
Além de intender que de uma forma geral, o que as
pessoas precisam na verdade é de atenção, passo a entender também, nessa
relação de compra e venda, que nós sempre fomos, digamos, “mercadores”.
Estamos todos sempre vendendo algo, nossas ideias,
nossas crenças, nossa imagem. E como a nós vendedores, nos é ensinado nas
palestras de técnica de vendas, para obter sucesso na profissão de vendedor
você precisa primeiro “comprar” o produto. E então, vende-lo.
E em nossa vida cotidiana é justamente isso que
fazemos, compramos do sistema uma ideia do que devemos ser, acreditamos
fielmente nisso e vendemos essa imagem.
Só que nessa caminhada, esquecemos de um pequeno
detalhe.
Todo e qualquer comprador faz suas compras
baseadas em suas necessidades correto?
E quais tem sido nossas necessidades para estarmos
consumindo tantas ideias e crenças sem se quer fazer nenhuma objeção?
E o mais controverso dessa pergunta é que são
justamente essas necessidades que nos fazem consumir, que nos fazem também vender.
Papo estranho não é verdade?
Tenho pensado muito nisso nos últimos dias...
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