terça-feira, 16 de maio de 2017

Levante-se

Para ser livre do sofrimento, é necessário compreender, consciente e inconscientemente, todo o seu ‘processo’, e isso só é possível vivendo-se com o fato, olhando-o sem motivo. Você deve perceber as artimanhas de sua mente, suas fugas, as coisas aprazíveis a que está apegado e as coisas desagradáveis de que deseja se livrar com rapidez. Cumpre observar o vazio, o embotamento e a estupidez da mente que só trata de fugir. E pouca diferença faz, se se foge para Deus, para o sexo ou para a bebida, porque todas as fugas são essencialmente a mesma coisa.

A primeira coisa que se cumpre fazer é observar com atenção, todas as murmurações, todos os temores, ilusões e desesperos do seu próprio ser. E verá então, por você mesmo – e para isso não se necessita de provas, nem de gurus, nem de livros sagrados – se a Realidade existe. E encontrará, então, um extraordinário sentimento de libertação do sofrimento. Aí existe a claridade, a beleza e aquela coisa que está faltando hoje à mente humana: o amor, a afeição.

Temos de enfrentar-nos assim como somos e não como deveríamos ser, segundo um certo padrão ou ideal. Temos de ver realmente o que somos e, assim, iniciar a transformação radical.

A vida inteira, a partir do momento em que nascemos, é um processo de aprendizado. Aprender não é mero cultivo da memória ou acumulação de conhecimentos, porém, a capacidade de pensar claramente e sem ilusões, partindo de fatos e não de crenças e ideais.

[Jiddu Krishnamurti]
via: Despertar Coletivo
Texto publicado na página: Na Terra Dos Budas. (Facebook)

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