sábado, 31 de agosto de 2013

Entrevista com a Banda Fokismo - Rio de Janeiro.

    Bom, estou super satisfeito com os resultados obtidos depois de ter voltado com esse espaço. Confesso, que não tenho muito tempo, mas tenho feito o possível pra tentar mantê-lo. Ultimamente meu foco tem sido as entrevistas, pois acredito que as bandas tem muito a oferecer nesse tipo de bate papo. E outra coisa que também acredito e menciono em quase todas as ideias trocadas aqui é que precisamos urgente de uma releitura do que essa dita cena underground que vivemos. Mas como fazer isso sem ser pedante, repetitivo e obter realmente resultados? Esse tem sido o nosso desafio. Você tem a resposta? Então vamos colaborar.
Hoje a bola da vez é a banda Fokismo, aqui mesmo do Rio de Janeiro, Zona Oeste, recentemente fazendo quinze anos juntos, trocamos uma ideia pra tentar chegar próximo desse ideal. Uma cena mais coerente e verdadeira.
Confira a entrevista, entre em contato, ouça as bandas, faça sua parte.
Vamos seguir....

1) A banda Fokismo está fazendo agora alguns shows comemorando 15 anos de caminhada correto? Como é conseguir esse tempo todo sustentando diversas formações, sem perder muito a pegada, ideias e compromisso? 

Fabio Downhill: Então, vamos lá, na verdade, estamos comemorando os 15 anos de formação da banda, mas, não temos 15 anos de atividade, pois ficamos parados entre 2001 e 2005. O lance das formações é algo meio que natural, vejo o Fokismo hoje como algo mais do que apenas uma banda, é na verdade uma República Socialista Democrática, em forma de grupo, que se apresenta levando essas ideias através de música, e cada um que vem compor a banda, o faz, apenas pelo lado musical, por ser fã de Hardcore e especificamente do som que produzimos desde 1998 ou pelo lado ideológico, de sentir a vontade levando a mensagem do socialismo a todos os cantos, ou melhor ainda, por ambos os motivos. Acredito eu (Fabio D.) que o Fokismo hoje é maior do que qualquer um de nós, que está na banda, ou mesmo que tenha feito parte dela em algum momento, pois, nem mesmo eu, que atualmente sou o membro mais antigo na formação, estive presente esses anos todos. Cada membro que entra, o faz sabendo o que vai tocar e que tipo de "bandeira" que vai ser levantada, pois isso é o Fokismo e jamais vai mudar, logo, mantemo-nos fiéis ao estilo de som e à ideologia inicial, afinal, seria bastante incoerente uma banda chamada Fokismo (nome originário de Foquismo que foi a tática de guerrilha usada pelas tropas lideradas por Fidel Castro e Che Guevara durante o processo da Revolução Cubana) cantar sobre algo que não o socialismo, mas, também, nunca nos limitamos apenas a isso, mesmo sendo essa a nossa tônica principal.

2) Levando então por esse lado, qual seria a importância real hoje, de ter algo que realmente seja além de apenas uma banda de hardcore? Haja vista que o público atual é bem diferente de alguns anos atrás, que já foi mais militante. Um grande exemplo disso é que, é bem mais fácil ser pedante e "cantar de galo" falando de coisas do tipo união e respeito, quando quase não há, do que coisas que seriam bem mais relevantes. Já que se tem o hardcore como uma das bases de plataforma de luta contra um determinado sistema vigente.

Fabio Downhill: Bom, vivemos a nossa realidade, sem nos importar tanto com a cena como um todo, pode parecer arrogância, utopia ou mesmo inocência de nossa parte, mas, apenas somos sinceros e seguimos fazendo o que acreditamos. Vejo que a cena HC do RJ hoje é formada em sua maioria pela classe média alta, com pensamentos de direita, quando não apolíticos, que só sabem reproduzir o visual, o som e o discurso que vêem em suas bandas favoritas gringas, mesmo que isso não reflita a sua realidade. Mas, vamos seguir acreditando que mais vale fazer um show num boteco pra 20, 30 pessoas que estejam lá pelo Hardcore do que tocar numa casa de shows para 1.000 modistas alienados. Uma frase de um figurão da cena carioca dita a mim (Fabio D.) anos atrás reflete bem o que é a cena do RJ: "Em vez de gastar grana investindo em show pra trazer banda de fora pro RJ e tomar prejuízo vocês deveriam investir em vocês e viajar e fazer o nome fora do Estado", mas, ainda acreditamos que o melhor é fazer pela cena, porque ela existindo agente ganha por isso, como consequência, porque foi isso que o hardcore nos ensinou. Seguimos acreditando na cena, independente do que ela nos dê de retorno.


3) Esse figurão fez boas colocações. (rs) Mas essa questão da cena existir ou não, e se importar ou não com ela também é bem complexa você não acha? Levando em conta que esse discurso de tocar num boteco pra 20 ou 30 pessoas também já está desgastado. De qualquer forma, sendo radical em nossas convicções ou não o que queremos é sempre uma casa lotada, independente de publico. Estou errado? 

Nane Medusa: - A cena existir ou não, só depende de nós mesmo. Hoje em dia tem a galera da Liga HC, que estão fazendo uns corres bem bacanas aqui no Rio. Mas é claro que sempre existe aquela panela que separa grande parte das pessoas que curtem o som. Tem alguns produtores que simplesmente marcam eventos no mesmo dia, na mesma área e com o mesmo estilo de banda, conclusão o público se divide e quem sai prejudicado são as bandas, que na maioria das vezes (ou se não todas) não ganham nada pra tocar. E ainda tem a galera que só vive reclamando que não tem shows, e quando rola, não levanta a bunda da frente do computador para prestigiar o evento e as bandas locais. Ou simplesmente, só vão aos eventos quando é banda de fora. Isso enfraquece ainda mais, o que nós consideramos de "Cena HC RJ".
Com tudo isso, como disse o Fábio, nós preferimos tocar pra meia dúzia de pessoas interessadas em curtir o som e trocar uma ideia com a banda depois, do que tocar pra 100 pelas sacos, que estão lá apenas "tampar buraco". O Fokismo tem letras e músicas bastantes expressivas, e não é todo mundo que curte. Ainda mais essa moda de HC NY e mosh. Mas mesmo assim continuamos na correria focados em nossos ideais.

4) Entendo perfeitamente o que vocês querem dizer. Mas levo em conta o fato de que, desde o final da década de oitenta quando comecei a me enturmar com essa dita cena, e já nos meados dos anos noventa essa reclamação de eventos vazios, shows na mesma data, prestígio às bandas de fora, são feitas aos milhares. E isso já se tornou um mantra entoado quase que ao megafone. Mas em contrapartida, não vejo mãos comprometedoras a mudar esse tipo de coisa. Posso estar sendo pessimista, mas é uma realidade. 
Por acompanhar a banda Fokismo por alguns shows notei algumas diferenças que levo em consideração e aqui ponho em pauta. Por exemplo. Quando o show não foi bom, ouve problema com equipamento, publico, e ou, até mesmo com os organizadores, vocês não mediram esforços para fazer essas colocações em publico na internet após os eventos. Talvez não seja isso que faz falta em nosso meio? Um confronto real e verdadeiro? Ou seja. Se não concordo com suas ideias, com sua postura, com sua forma de agir e coisas parecidas, eu vou até você e faço os meus questionamentos e há realmente uma troca de ideias. E não esse discurso de "Obrigado todos que compareceram!" "O Evento foi foda!" "O rolé foi maneiríssimo." Ou de pessoas que não se veem a anos e quando se encontram tem as mesmas conversas de sempre. Só falam de bandas, videos, cd´s e outras futilidades. 

Nane Medusa: O que acontece é que ninguém quer assumir que já fez um show de merda. Coisa que às vezes rolam, e é super normal. Pode ser questão de maturidade e/ou vaidade de algumas bandas e produtores postarem que o show foi foda! Tem dia que a P.A. está horrível e o som sai péssimo; tem show que a banda não toca bem; e também tem evento que não tem público. Mas muitas bandas da Cena HC RJ prefere exibir fotos lindas, com os amigos cantando juntos e colocar que o show foi foda do que assumir os pontos fracos da noite. Já temos 15 anos de estrada, e aprendemos que shows ruins acontecem por "n" motivos. Por isso, fazemos questão de após todos os shows fazer uma breve resenha do que rolou. Muitas vezes para o pesadelo dos produtores e das bandas que tocaram. (rs)

5) Existem alguns pontos interessantes em suas colocações. O primeiro "somos uma República Socialista Democrática e não só uma banda", e o segundo entre outros, é quando vocês se referem essa tal "moda de HC NY e mosh". Bom seguindo pela primeira colocação acredito que de alguma forma vocês teriam algumas colocações a serem feitas sobre os acontecimentos em nosso país, as manifestações, a mídia, o estado e como vocês tem de alguma forma se envolvido. Quanto a segunda, eu gostaria de antes fazer algumas observações. Se o nome Hardcore Novaiorquino se refere a algo especificamente nato, porque quando as bandas cariocas, e até mesmo o próprio Fokismo, diz "Rio de Janeiro Hardcore" não existe uma pegada especificamente carioca, se é que isso existe?

Fabio Downhill: Então, vamos por partes, primeiramente estivemos (alguns dos membros da banda, não todos) presentes nas manifestações, mais especificamente no início destas, quando o "movimento" se mostrava mais autêntico e independente. Mesmo assim, ainda nos posicionamos a favor de tudo que for contra o sistema, e que apresente alguma proposta de mudança, sendo manipulado ou não, sendo apolítico ou não. No momento, ainda mantemos contato com alguns membros dos Black Bloc's, e pode ser que venhamos a ter alguma participação mais efetiva, como banda, e não apenas como indivíduos nesse processo atual. Quanto a mídia a nossa postura é a mesma desde sempre, ela é manipuladora, e não adianta sermos inocentes e atacarmos as organizações Globo apenas, TODA a grande mídia manipula a verdade de acordo com seus próprios interesses, sejam eles políticos, religiosos ou os mais torpes que sejam.
Quanto ao rótulo HCNY é simples, é o som que foi popularizado mundo a fora e inicialmente feito (e muito bem feito) por bandas como Agnostic Front, Sick Of It All, Madball e Warzone, entre outras. E, não, infelizmente, não existe um Hardcore feito no RJ com características próprias, e vejo eu que em quase lugar nenhum do mundo, com raríssimas exceções como a cena finlandesa, por exemplo e a já citada de NY. Gostaria de aproveitar o retorno do assunto à pauta e esclarecer que nem eu (Fabio D.), nem ninguém do Fokismo tem nada contra o estilo de HCNY, muito pelo contrários somos fãs das bandas seminais do estilo e de várias de nossa cena, como Norte Cartel e Crença & Fúria, por exemplo, mas, criticamos o modismo desenfreado, que vem rolando por aqui, assim como no final dos anos 90 era o grunge, e depois o HC melódico, o emo, e mais recente o metalcore.

6) Quanto as manifestações, quando você diz que no inicio o "movimento se mostrava mais autêntico e independente." Você questiona o fato de ter sido o contrário? Pois eu acredito que no inicio sim, houve uma seriedade, mas o entusiasmos de muitos que nunca haviam presenciado esses tipo de protesto, os levou a um quase "oba oba". Mas que seria fato, que ao longo do tempo a coisas ficaria mais concentradas, e específicas. Uma prova disso é que não há mais tantas publicações nas redes sociais sobre os ocorridos, apenas dos reais interessados e diretamente ou indiretamente envolvidos com a coisa toda. Aproveitando o desenrolo, qual é a sua expectativa para o futuro do país depois desse "primeiro passo". Acredita em alguma mudança política, ou até mesmo na cogitação de um Golpe de Estado como dizem?

Fabio Downhill: Não, em minha opinião, mesmo com a galera do oba-oba envolvida e eles eram maioria, temos que admitir, acho que o movimento era, até mesmo por isso, bem mais espontâneo, e aos poucos foi sofrendo influências, seja dos partidos políticos, seja de movimentos e organizações civis e não-governamentais, até os integralistas, galinhas verdes, discípulos do merda do Plínio Salgado estão envolvidos atualmente....Ainda assim, como eu digo, acho válido e necessário, embora não acredite que vá resolver algo. Acredito sim, que isso tudo, pode ter uma forte influência da extrema direta (sobretudo no vandalismo) para gerar um alarmismo e justificar uma intervenção contra o governo petista, que convenhamos se não é o que esperávamos, e deixa a desejar, ainda assim, está anos luz à frente dos anos de governos militares e/ou PM-debistas, colloridos e tucanos. A mídia manipuladora quer nos impor a verdade de que os anos de governos petistas foram apenas de escândalos e roubalheira desenfreada, quando, na verdade, isso sempre foi a tônica de nossa falida república, só que, como contava com o apoio desta (vide apoio das Organizações Globo aos governos dos generais e a Veja aos tucanos) era tudo feito às escondidas e assim ficava longe do conhecimento do povo.

7) Voltando à banda. Fale-me um pouco sobre a formação atual, as músicas mais recentes, as influências tanto no som quanto nas coisas que vocês vêm lendo pra compor as letras? E, se a banda Fokimo não levantasse a bandeira vermelha comunista / socialista qual seria a ideologia mais próxima que vocês abraçariam e por quê?

Fabio Downhill: Atualmente estamos com a Nane no baixo e voz, o Xurréia na guitarra, eu (Fabio Downhill) nos vocais e com um novo batera, o Victor. As influências continuam sendo as mesmas que usamos e abusamos no “Único Opção", ou seja, história política brasileira e mundial, sob o ponto de vista "vermelho", musicalmente, acho que estamos buscando, desde o já citado EP de 2011, um resgate de nossas raízes no punk/HC dos anos 80. Mas, na verdade, toda vez que a formação muda, a gente se renova, acrescenta influências novas e perde outras, mas, sem deixar de manter a essência do Fokismo, então, ainda não temos ideia do que vem de novo pra banda, embora já tenhamos 3 sons novos inéditos prontos e que vinham sendo tocados a quase um ano e vão estar em nosso próximo trabalho. Se não fossemos socialistas seríamos e somos, Antifascistas, como era mais a temática de nossa DT "Questão de Justiça" de 1999, por motivos óbvios e naturais.

8) Por onde passei acompanhando vocês; notei mesmo essa questão da banda ter muita expressividade. Tanto no som quanto na forma que vocês se apresentam. Já cheguei a ouvir alguns comentários bem legais durante os shows, inclusive pelo fato de vocês terem uma mulher na banda, que antes já foi mais natural, hoje com a cena bem machista e segregada, isso não acontece muito. Vocês teriam algo a dizer sobre isso?

Fabio Downhill: Primeiramente, não vejo que temos expressividade, pois não tocamos nos maiores shows nem nos melhores lugares do RJ, geralmente vivemos o DIY ao extremo e produzimos os nossos próprios shows, muito pelo contrário, meu amigo, vemos um certo "apartheid" contra bandas que se posicionam e expõem suas opiniões políticas nas letras, mas, ainda bem, que isso é algo pertinente aqui, à nossa cena do RJ, assim, como vemos má vontade de determinados produtores com bandas que não fazem o som da moda. Mas, quero deixar claro, que isso não nos incomoda, nos incentiva a continuar sendo fiéis ao que acreditamos que o Fokismo é, e ao que acreditamos ser o Hardcore pra gente. É aquela velha estória de tocar num bar pra 20 ser melhor muitas vezes do que numa casa de shows pra 2.000....Mas, recebemos sim, o carinho sincero de poucos, mas, honestos fãs do estilo que fazemos, que se identificam com nosso som, letras e postura, e isso nos impulsiona a continuar na ativa. Então, o fato da cena de hoje ser machista e segregadora está intimamente ligado ao que falei anteriormente, ou seja, se você tem postura, se posiciona, se expõem, "desce do muro", você incomoda, assusta e é segregado, ou não é entendido. Eu, sinceramente, tenho dúvidas até aonde isso é fruto de ignorância, alienação e até aonde é mesmo preconceito, segregação clara, pelo que é diferente. Vemos a participação da Nane na banda, como de mais um membro, vemos as pessoas pelo que elas são, como agem, e não por seu gênero. E, ela faz parte da família que nos tornamos nos últimos anos.

9) Pra começarmos a fechar nosso bate papo, vocês conseguiriam traçar um histórico desde o primeiro trabalho da banda até hoje, traçando o percurso feito de um álbum para outro e qual foi o momento mais importante? E conseguiriam também fazer algumas colocações sobre o que pensam pro futuro?

Fabio Downhill: Acho que a questão da importância é muito relativa, sobretudo dentro do Hardcore e mais ainda se tratando de Fokismo, que, literalmente "rema contra a maré", mas, podemos dizer que lançar a DT "Questão de Justiça" em K7 ainda, pois não existia a facilidade à tecnologia do CD, como hoje, e distribuir em torno de 500 fitinhas pelo mundo, foi bastante importante. Isto fez com que tivéssemos músicas novas gravadas por uma banda da Argentina (G.E.N.), e nos proporcionasse visibilidade nas cenas dos países vizinhos, que nos renderam grandes amizades. Também foi bastante importante voltar à ativa em 2005, produzindo nossos próprios shows, geralmente, e movimentando uma cena apática na ápoca (bem pior do que hoje), e logo depois, lançarmos o EP "América Latina", que nos abriu muitas portas, nos levou a shows em São Paulo, Jundiaí, Vila Velha, Recife e Natal, dentre outras cidades do Estado do RJ. Mas, acredito, que internamente, o momento mais importante teria sido em 2009, após a saída de nossa "cozinha" que estava junta a anos (o baixista Bangu e o baterista Wágner), e eu (Fabio Downhill) e o guitarrista Xurréia conseguimos seguir em frente, especialmente com a entrada da Nane, no final de 2009, que nos deu um gás e se adequou perfeitamente à banda, tornando-nos uma verdadeira família, independente do baterista que esteja com a gente. Dali para a produção e lançamento de "Única Opção", na minha opinião a melhor "coisa" que fiz na minha vida, tratando-se de arte, foi uma consequência extremamente importante para nós. Para o futuro, não traçamos muitos planos, pois é bem normal pra nós, nunca cumprir os prazos (risos), mas, para 2014 pretendemos gravar e lançar um novo trabalho, que pode ser apenas virtual, queríamos lançar um DVD de 15 anos da banda, temos bastante imagens, mas, nos falta tempo para se dedicar a isso (se tiver algum selo ou produtor interessado em participar do projeto, estamos abertos a negociar), e pode ser que consigamos apenas no próximo ano, no mais, é conseguirmos nos manter ativos, ensaiando, compondo e fazendo shows, o que, dentro da atual realidade que vivemos é uma grande vitória.

10) Bom, acredito que nossa conversa foi bastante produtiva. Nós precisamos dar um jeito em nossa cena, de irmos além dos palcos. Isso é superimportante. Vamos fazer o seguinte, existe algo ainda bem considerável que vocês gostariam de deixar pra nossos leitores? E aproveita faz aquela preza de sempre, deixa algumas indicações pra gente, e obrigado por tudo.


Nane Medusa: Acreditamos em nossos ideais acima de qualquer coisa, e trabalhamos nossas músicas em cima disso e largamos o foda-se para os modistas. Então é isso! Cole nos shows, troque uma ideia com as bandas e se possível, compre os materiais, pois são com eles que a banda consegue se locomover e divulgar o seu som. Recomendamos algumas bandas parceiras nossas, tais como: P.R.O.L., Arrested For Possession, Comando Delta, Serial Killer, Repúdio, Subversivos, Infecção raivosa, Nark, Nação Corrompida, Nômades e One True Reason, Dias de Guerra, Norte Cartel, Orror, e Sociedade Armada.

Bom hardcore a todos!



Para ouvir a banda Fokismo, ter contato com os caras e obter mais informações, acesse: 



Twitter: @fokismohc

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cariocas Uber Alles, por Josie and the PussyRiots



Versão para a música California Uber Alles, do Dead Kennedys.

Letra:

Eu sou o governador Sérgio Cabral
Muito cuidado, pois eu tenho o pre-sal
Ainda serei presidente

Meu P2 tá infiltrado
O molotov foi pro lado errado
Querem saber como vai ser na Copa?
Me diz depois, porque eu vou pra Europa
Me diz depois, porque eu vou pra Europa!

Cariocas uber alles!

Voltem pra sua UPP
Amarildo, cadê você?
Erradicaremos a pobreza
Matando pobres, mas que beleza

Ocuparemos as favelas
Com o evangelho de Marcelo Crivella
De lá de cima, uma bela vista
Do império de Eike Batista

Cariocas uber alles!

Sejam bem-vindos a 2016
Controlaremos todos vocês
Esse será o nosso regimento
Sob o controle de Capitão Nascimento

Bomba de gás e efeito imoral
Oposição aqui vai se dar mal
Não se preocupem, é só um choque ordem
Sem mais protestos ou todos morrem

Explodiremos os bueiros
Apagaremos os bombeiros
E se acham pouco, ainda tem mais
Depois de mim, Eduardo Paes
Depois de mim, tem Pezão e Paes!

Cariocas uber alles!