terça-feira, 19 de março de 2013

Amarelinha, vídeo game e o trote na faculdade.


Houve um tempo em que quando criança, brincávamos nas ruas, e o maior tempo que poderíamos passar dentro de casa era talvez jogando vídeo game, estudando, ou de castigo exigido pelos pais. Hoje não rola mais. Talvez em algum lugar, uma criança perdida corre atrás de uma pipa junto com o seu pai curtindo o feriado.
 Adolescentes, nas ruas? Praças?
Alguns em shoppings, talvez.
A grande sacada hoje é estar na rede, on line.
Esse é o nosso mundo, o tempo todo. É onde encontramos amigos, parentes; onde desabafamos, julgamos, criamos, trabalhamos e nos promovemos. É onde conseguimos as informações “quase na velocidade da luz”.
Lembro que, pelo menos onde fui criado, passávamos o dia inteiro na rua.
Garrafão, Taco na roda, Queimado, Salada mista, estas eram algumas das brincadeiras.
Naquela época também andávamos muito de bicicleta. Fazíamos trilhas, subíamos montanhas, tomávamos banho de rio, cachoeira, esse tipo de coisa.
Essas lembranças por vez permeiam minha mente.  E às vezes, como agora, respiro fundo e tento arranca-las do subconsciente e criar alguns parágrafos.
Na verdade o que me fez parar alguns minutos para escrever este “textículo”, [(sic)] foi essas manchetes sobre o caso do trote na Faculdade de Direito de Minas Geras. (UFMG)
Sem querer defender ou julgar ninguém, penso; o que levaria aqueles jovens realizar esse tipo de trote com imagens como diz a mídia “racistas”?
Depois que o tal Boling e as “Cruzadas De Caça as Bruxas” contra a homofobia e o racismo tomaram conta deste mundo caótico que vivemos, se não estamos mais nas ruas nos relacionando, estamos entulhados em nossas casas “ruminando”, e talvez uma simples brincadeira, uma palavra mal interpretada, ou uma foto tirada naquele momento eufórico pode se tornar um tiro no pé.
Lembro-me de uma época atrás, quando houve o lançamento do filme Tropa de Elite, que virou febre nacional, assisti três crianças brincando na rua e na ocasião uma segurava a outra com as pernas abertas enquanto o terceiro com um cabo de vassoura e uma sacola plástica nas mãos gritava: _ONDE FICA A BOCA VANGABUNDO!?
É rapaz! Os tempos mudaram. (?)
Se você me perguntar agora de qual dos meus amiguinhos de infância e adolescência eu lembro, terei que pensar duas vezes pra responder.
Quer um exemplo?
Dos meninos, lembro muito bem do Cabeção, Brejo, Bicudo, Dengue, Xuxinha, Neguinho e do falecido Comedor de Rato. Das meninas que nunca se separava na escola lembro-me da Valesca Vareta, Nanica, Ju Girafa, e da nossa professora de Geografia e Matemática, gay, carinhosamente chamada de “Gato de Botas”.
Inclusive na festa de final de ano da escola ela mesma veio fantasiada de tal.
E os, Testemunhas de Jeová, que no sol de lascar, batiam em nossa porta todos os finais de semana. E quando nós os víamos saíamos correndo avisando aos vizinhos gritando: _LÁ VEM OS CRENTE! E nos trancávamos em casa.
Hoje as coisas mudaram? Talvez.
Tudo bem que há casos e casos, acredito também nos excessos.
Mas convenhamos!
Será que se esses garotos estivessem com essas mesmas fantasias desfilando na apoteose, em pleno carnaval, na ala da escola de samba campeã que em seu enredo conta um pouco da história da humanidade eles seriam tão julgados?
Ou o problema na verdade foi só o gesto nazista?
Pelo amor de Deus! Façam-me o favor.
Se esses “pobres coitados” estivessem vestidos de Pierrot com a língua de fora mostrando o dedo médio seria “Cool”. E Não teriam criado tanto alarde.
Fala sério!
Estamos coando um mosquito e engolindo um camelo.
Salve Brasília! \o

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