sábado, 30 de março de 2013
Mais uma dose.
Enquanto eu sinto o cheiro de terra molhada,
Vejo teu rosto transfigurado na fumaça do chá que sai daquela velha xícara.
Velhas assombrações, surto de paixão.
Óh, não!
Detesto essa palavra!
Paixão.
Temperatura febril, doce amarga lembrança que invade as noites sombrias.
Dê-me mais um gole...
Eu preciso de você como você de mim.
Catracas de um velho motor girando a todo vapor,
Droga. Aqui estou eu novamente lamentando.
Gozando lembranças daquela noite sordida.
Diz-me por quê?
Você nunca entendeu. Nunca entenderá!
Quer saber onde estou agora... (?)
Venha me encontrar.
Estou no mesmo lugar que nos encontramos na primeira vez.
Prove comigo mais uma doze.
E nos entorpeceremos juntos daquilo que nunca fomos capazes de provar.
sexta-feira, 29 de março de 2013
17: 58
Sinto sua falta.
Lembro-me quando nos encontrávamos e você quase
sempre com poucas palavras e cabeça baixa segurava o meu queixo e beijava a
minha boca como se aquele momento fosse a sua primeira vez.
Apaixonada, delirante.
Ainda sinto o cheiro e o gosto do seu batom.
Eu realmente sinto a sua falta.
Ninguém mais me deu tanta força como você,
Seu vigor, seu olhar, sua presença.
Difícil foi o dia em que como areia a deixei
escorrer entre meus dedos.
Volta pra mim...
Abraça-me.
Não povoe mais os meus sonhos nem se ausente em
meus pesadelo,
Seja a realidade que eu preciso,
Óh minha doce esperança!
terça-feira, 26 de março de 2013
O Funk Carioca e sua "contribuição" social.
Mais uma vez me exponho a fazer algumas colocações.
Vamos lá!
O ditado já diz : "Gosto é igual... (a retina dos olhos) cada um tem o seu." E quando se fala de música então, é esse o caminho.
Esse ritmo, o tal Funk Carioca durante um bom tempo sofre mutações, como os outros estilos musicais é claro.
E a alguns anos atrás era assim, o Funk era um pouco "destinado a periferia". O pessoal se reunia pra dançar, paquerar e se divertir. Criar os famosos "passinhos".
E então não sei porque, (deixo essa parte para os sociólogos) a coisa começou a mudar. No baile, houve a época em que havia uma disputa de roupas de marca. Nessa época os moleques ostentavam, camisas, causas, bermudas e tênis tudo muito caro. Até mesmo cartões de crédito eram mostrados nas disputas. Assim surgiram muitas marcas se deliciando dessa pegada. As lojas nos shoppings davam volta no quarteirão, houve um crescimento absurdo de roubo de tênis nas ruas para alimentar o mercado negro.
Depois, os concursos de galera, e veio a onda do "rap", as músicas, o grito da galera, as bandeiras, bolas, faixas, tudo isso contava ponto para ganhar os campeonatos.
Era bonito!
Nessa época quem fez a festa junto com a molecada foi as gravadoras e os Dj's que os sugavam como ninguém. Transformavam qualquer guri em celebridade da bonita para o dia.
Depois os tempos mudaram, e tudo ficou muito "tenebroso" as disputas agora eram feitas na "marra". Os funkeiros estavam se gladiando. Brigas extremamente violentas ocorriam nos bailes, foi quando surgiu o "corredor", os seguranças da casa esticavam uma corda e os meninos caiam no pau entre elas. Houve muitas mortes nos confrontos fora dos bailes. Perdi alguns amigos de infância nessa loucura.
E então, nesse período deu-se inicio a "caça as bruxas". E as casas de shows onde haviam os bailes começaram a ser fechadas, dando origem aos bailes da comunidade, e voltou a onda do "rap", dessa vez com uma maozinha do tráfico de drogas, e com as músicas exaltando as facções criminosas o lucro agora viria com o famoso "proibidão".
Passou-se o tempo, e agora o "glamour"!
Com no máximo duas palavras (de preferência com duplo sentido) e uma dança sensual se tem um sucesso.
Se romantizar um pouco vira trilha sonora de novela e tem presença garantida no Domingão do Faustão.
Esses são os tempos atuais, e o Funk Carioca "dita as regras" da sensualidade; academias cheias, corpos sarados, bundas, coxas, peito e biceps. Tudo bem moldado como manda o figurino.
E enquanto algumas emissoras de televisão aproveitam a deixa pra ganhar audiência outras se excandalisam com a menina pelada no palco.
Que vergonha!
Mas vergonha de quê?
Onde eles queriam que chegasse?
Me desculpe, mas eu tive que analisar o video.
Percebesse que o baile todo já estava "frenético", como eles dizem.
Alguns vídeos gravados no mesmo dia mostra a mulherada louca em cima das mesas com minúsculas roupas expondo as partes internas do seus úteros.
Deplorável!
Euforia completa.
Sinceramente, eu esperava até pior.
E então, eu pergunto: De quem é a culpa?
O Funk Carioca é ruim ou é aquilo que ele se tornou que o torna ruim?
Se o "batidão" não fosse tão apelativo?
Se houvesse uma forma de mudar essa realidade? Seria diferente?
Não, não acredito.
De qualquer forma chegaríamos até aqui. Com o Funk ou não.
Nós precisamos de um "ralo" pra escorrer a água suja, um "bode expiatório" talvez.
Não é lindo um monte de gente pelada desfilando na apoteose, dançando na televisão todo domingo a tarde, na novela das oito ou trancafiados numa casa pra darmos uma espiadinha?
Então minha gente!
O Funk Carioca é nossa trilha sonora.
É tudo um "Bunda lê lê"
Relaxa e goza.
terça-feira, 19 de março de 2013
Amarelinha, vídeo game e o trote na faculdade.
Houve um tempo em que quando criança, brincávamos nas ruas, e o maior tempo que poderíamos passar dentro de casa era talvez jogando vídeo game, estudando, ou de castigo exigido pelos pais. Hoje não rola mais. Talvez em algum lugar, uma criança perdida corre atrás de uma pipa junto com o seu pai curtindo o feriado.
Adolescentes, nas ruas? Praças?
Alguns em shoppings, talvez.
A grande sacada hoje é estar na rede, on line.
Esse é o nosso mundo, o tempo todo. É onde encontramos amigos, parentes; onde desabafamos, julgamos, criamos, trabalhamos e nos promovemos. É onde conseguimos as informações “quase na velocidade da luz”.
Lembro que, pelo menos onde fui criado, passávamos o dia inteiro na rua.
Garrafão, Taco na roda, Queimado, Salada mista, estas eram algumas das brincadeiras.
Naquela época também andávamos muito de bicicleta. Fazíamos trilhas, subíamos montanhas, tomávamos banho de rio, cachoeira, esse tipo de coisa.
Essas lembranças por vez permeiam minha mente. E às vezes, como agora, respiro fundo e tento arranca-las do subconsciente e criar alguns parágrafos.
Na verdade o que me fez parar alguns minutos para escrever este “textículo”, [(sic)] foi essas manchetes sobre o caso do trote na Faculdade de Direito de Minas Geras. (UFMG)
Sem querer defender ou julgar ninguém, penso; o que levaria aqueles jovens realizar esse tipo de trote com imagens como diz a mídia “racistas”?
Depois que o tal Boling e as “Cruzadas De Caça as Bruxas” contra a homofobia e o racismo tomaram conta deste mundo caótico que vivemos, se não estamos mais nas ruas nos relacionando, estamos entulhados em nossas casas “ruminando”, e talvez uma simples brincadeira, uma palavra mal interpretada, ou uma foto tirada naquele momento eufórico pode se tornar um tiro no pé.
Lembro-me de uma época atrás, quando houve o lançamento do filme Tropa de Elite, que virou febre nacional, assisti três crianças brincando na rua e na ocasião uma segurava a outra com as pernas abertas enquanto o terceiro com um cabo de vassoura e uma sacola plástica nas mãos gritava: _ONDE FICA A BOCA VANGABUNDO!?
É rapaz! Os tempos mudaram. (?)
Se você me perguntar agora de qual dos meus amiguinhos de infância e adolescência eu lembro, terei que pensar duas vezes pra responder.
Quer um exemplo?
Dos meninos, lembro muito bem do Cabeção, Brejo, Bicudo, Dengue, Xuxinha, Neguinho e do falecido Comedor de Rato. Das meninas que nunca se separava na escola lembro-me da Valesca Vareta, Nanica, Ju Girafa, e da nossa professora de Geografia e Matemática, gay, carinhosamente chamada de “Gato de Botas”.
Inclusive na festa de final de ano da escola ela mesma veio fantasiada de tal.
E os, Testemunhas de Jeová, que no sol de lascar, batiam em nossa porta todos os finais de semana. E quando nós os víamos saíamos correndo avisando aos vizinhos gritando: _LÁ VEM OS CRENTE! E nos trancávamos em casa.
Hoje as coisas mudaram? Talvez.
Tudo bem que há casos e casos, acredito também nos excessos.
Mas convenhamos!
Será que se esses garotos estivessem com essas mesmas fantasias desfilando na apoteose, em pleno carnaval, na ala da escola de samba campeã que em seu enredo conta um pouco da história da humanidade eles seriam tão julgados?
Ou o problema na verdade foi só o gesto nazista?
Pelo amor de Deus! Façam-me o favor.
Se esses “pobres coitados” estivessem vestidos de Pierrot com a língua de fora mostrando o dedo médio seria “Cool”. E Não teriam criado tanto alarde.
Fala sério!
Estamos coando um mosquito e engolindo um camelo.
Salve Brasília! \o
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